Yom Kipur tem lugar a 10 de Tishri no calendário judaico. É o dia em que cada judeu individual e coletivamente se limpa dos seus pecados através do arrependimento, pedindo perdão a quem ofendeu, antes de o pedir a Deus.
Na realidade, o Kipur permite a cada ser humano expiar os pecados cometidos contra Deus, mas não os cometidos contra outros seres humanos, a menos de lhes pedir diretamente perdão.
Para os judeus, o dia de Kipur é um dia de expiação, um dia de jejum total (25 horas), de recolhimento e de oração em que é proibida qualquer tipo de atividade material.
A celebração do Kipur tem por base o Levítico, na Torá:
“Aqui é uma lei perpétua: ao sétimo mês, ao 10º dia, vós humilhareis as vossas almas, não fareis nenhum trabalho,...porque nesse dia faremos a expiação para vós, para vos purificar”.
O jejum é encerrado pelo toque do Shofar que tem a finalidade de despertar a consciência, e apelar para a autoavaliação. É o momento apropriado para um judeu tomar decisões no sentido de se tornar uma pessoa melhor.
O dia de Kipur é tão importante para os judeus que mesmo no tempo da Inquisição, os marranos continuavam a jejuar às escondidas. Para além de um dever, o dia de Kipur é também um direito: o direito à compaixão e à piedade.