Em Rabino e Estudante, um rabino de longa barba branca, óculos e kipá preto, tem junto a si, do seu lado esquerdo, um jovem estudante de kipá branco. Ambos olham para baixo, para um livro aberto colocado à sua frente, sobre a mesa. O rabino tem colocada a mão esquerda sobre o ombro esquerdo do estudante e na mão direita, fechada, segura uma caneta. O fundo é neutro em tons de vermelho, azul e cinzento.
“Tu as ensinarás a teus filhos” (Deuteronómio 11:19). O ensino da Torá à descendência, o único garante da continuidade da tradição, é considerado um dever primordial para todo o judeu. O Talmude diferencia o estudante sábio (talmid, pl., talmidim) e o inculto ('am ha-aretz), e vê a verdadeira nobreza no conhecimento, daí a importância de um sistema de transmissão de conhecimento: a Yeshibah (ou, Yeshivah ou Yeshivá) um termo genérico que designa tanto um mestre com quem se vive e estuda, ou uma instituição com organização, regras e costumes próprios. É a reputação do mestre (Rosh Yeshivá), com quem o aluno estará em contato permanente (shimmush talmid hakham), que rege a escolha do local de estudo.
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Adolf Adler (Roménia, 1917 - Israel, 1996) foi um pintor judeu romeno conhecido pelas suas pinturas de figuras de género e paisagens e suas imagens dolorosas do Holocausto realizadas a óleo, aguarela, acrílico, carvão e canetas de feltro. Nasceu na antiga cidade húngara de Satu-Mare, no norte da Transilvânia (atual Roménia), na véspera do colapso do Império Austro-Húngaro. Começou a pintar ainda jovem e mudou-se com a família, em 1936, para Cluj (atualmente Cluj-Napoca), onde estudou pintura com o professor Mohi Sandor (1902-1974). Durante a Segunda Guerra Mundial, Adler foi deportado pelos húngaros, em 1942, para um campo de trabalhos forçados na Ucrânia. Fugindo para a Rússia em 1944, foi preso pelos soviéticos. Após a sua libertação, em 1945, retornou a Cluj, na Roménia, onde estudou na Universidade de Arte e Design. Entre 1852 e 1858 foi professor assistente na Academia de Belas Artes. Em 1963 imigrou para Israel. Em 1978 ganhou o Nordau Prize for Art da Associação de Emigrantes Húngaros.
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